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5 Perguntas para Marisa Eboli, Professora da FEA/USP



Quem trabalha com Educação Corporativa, conhece a Marisa Eboli.


A Marisa é Mestre e Doutora em Administração pela FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo).


Ela especialista em Educação Corporativa e leciona na própria FEA/USP em Programas de MBA e Pós-Graduaação.


Conversamos sobre o Futuro da Educação Corporativa.

E como as novas tecnologias vão impactar as Ações de Treinamento e também o Desenvolvimento de Competências de Profissionais de RH que atuam nessa área.


Confira meu papo com a Marisa!


1. Marisa, o que muda nas Estratégias e Ações de Educação Corporativa com todas as mudanças que estão acontecendo nesta Era Digital?


A essência não muda, que é ter um sistema de formação de pessoas pautado pelas competências estratégicas que devem ser desdobradas em competências individuais, para daí sim serem desenhadas as soluções de aprendizagem.


O que provavelmente acontecerá é que serão ampliados os formatos e meios de se entregar essas soluções. Nesse sentido a Educação Corporativa terá à sua disposição muito mais ferramentas para viabilizar suas soluções de aprendizagem.


Como destaca Prof. José Moran, Educação tem que começar onde o aluno está, e hoje é no mundo digital. E eu concordo!


Frente à transformação digital, a velocidade é relevante e precisa ser observada, porém com cautela e profundidade de repertório, pois tecnologia é um meio, não um fim.


2. E o que muda no perfil dos profissionais que atuam com Treinamento & Desenvolvimento?


Em setembro de 2017 participei do Chief Learning Officer- CLO Insight Summit (NYC) organizado pela Jeanne Meister, da Futureworkplace.


O que mais escutei nas palestras apresentadas foram as palavras: analytcs, artificial intelligence , bigdata , convenience, customization, digital education, digital transformation, gamification , microlearning, MOOCS, omnichannel educational space, personalization, virtual reality etc...


A ponto de se questionar: no futuro ainda será um Chief Learning Officer ou será um Chief Digital Office?


É isso aí, além das competências já conhecidas de um Chief Learning Officer ou Gestor da Educação Corporativa, este profissional vai ter que estar muito familiarizado com as novas tecnologias trazidas pela Revolução Industrial 4.0.


3. Quais as principais habilidades que você vê que as organizações tem buscado desenvolver internamente?


Eu falaria mais em termos de competências e não apenas de habilidades.


Está no bojo da Educação Corporativa desenvolver de forma customizada aquelas competências (sejam técnicas ou comportamentais) que vão fazer diferença para o sua competitividade e sucesso.


Ou seja, como disse anteriormente, desenvolver aquelas competências individuais que estão atreladas às suas competências estratégicas.


Então fica difícil generalizar. Cada caso é um caso...


4. Existem uma série de metodologias e ferramentas no mercado de Educação Corporativa. O que uma organização precisa fazer para tornar suas ações mais efetivas?


Hoje existe de fato muita novidade em termos de metodologias e ferramentas. Temos ouvido muito falar das metodologias ativas: utilização de fórmulas como sala de aula invertida, Problem Based Learning (PBL), peer learning, pré-aula, método da descoberta.


Aula ativa é pôr em prática isso tudo, e tudo isso é muito bem-vindo, com certeza.


Só há um detalhe, como já alertou o especialista em educação Claudio de Moura Castro: tais citações e práticas fundamentam-se nas teorias de Pestalozzi, Froebel, John Dewey e outros, todos do século XIX! Então não são exatamente novas...


A novidade é tentar colocar em prática! E por que foi tão difícil então colocar em prática?


O propalado modelo 70/20/10, que ressalta que 70% do aprendizado se dá pela experiência (on the job, desafios, projetos, estágios etc...), 20% pela aprendizagem social, pelos relacionamentos (feedback, coaching, mentoring, comunidades de prática etc...) e apenas 10% pela aprendizagem formal (cursos - presenciais ou a distância - palestras, congressos etc...).


No entanto, é importante perceber que sem um papel ativo das lideranças, atuando como líderes educadores, dificilmente vai ocorrer de maneira adequada a aprendizagem pela experiência e pelo relacionamento.


E se os líderes não forem bem preparados na aprendizagem formal (com uma boa matriz de formação) provavelmente não desempenharão bem seus papéis para viabilizar os 70% e os 20%.


Então, na minha opinião, o grande divisor de águas entre uma Educação Corporativa bem-sucedida e um projeto que não sai do papel – e consequentemente não ganha vida na organização – é justamente o envolvimento dos líderes empresariais.


Líderes com capacidade de se apropriarem desse sistema como uma ferramenta poderosa para viabilizar a estratégia empresarial, e atuando como líderes educadores.


A Educação Corporativa deve permear toda a cultura organizacional e fazer parte do cotidiano da organização, e o papel das lideranças empresariais é crucial nesse sentido.


5. Qual é o Futuro da Educação Corporativa?


É ganhar cada vez mais relevância nas estratégias das organizações, apropriando-se do que há de mais moderno e atual em termos de ferramentas, metodologias, tecnologias e linguagens. Enfim, uma educação estratégica, ágil, social e sustentável!


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