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A segunda curva



O grande risco de empresas que estão crescendo e lucrando é achar que esse sucesso será eterno. Por conta da própria evolução e dinâmica do mercado, qualquer produto e qualquer empresa têm um ciclo de investimento, crescimento e declínio.

Esse declínio não surge do nada.

Ele começa de forma quase imperceptível.

É a chamada "segunda curva".


Quando a segunda curva surge, ela parece uma "marolinha" no horizonte. Poucas pessoas dão bola. As empresas dominantes não percebem que aquilo pode ser uma ameaça para o seu negócio.

O iPhone, por exemplo, foi a "segunda curva" para a Nokia e para o Blackberry.


O que faz a "segunda curva" nascer é uma combinação de dois elementos:


1. A zona de conforto de quem lidera um mercado e lucra bastante. A empresa começa a perder tempo e energia com burocracia. Deixa de olhar para fora, deixa de atender aos clientes, fica lenta, hierárquica e deixa de inovar.

2. A visão de quem percebe essa oportunidade para criar algo totalmente novo que pode atender melhor os clientes e quebrar o ciclo de sucesso das empresas dominantes.

A "Segunda Curva" é um conceito desenvolvido por Charles Handy. Tive a oportunidade de conhecer esse conteúdo em minha imersão no Institute for the Future na Califórnia.



O conceito basicamente gira em torno do risco de acharmos que o sucesso é eterno. Sabemos que produtos e empresas têm um ciclo de investimento, crescimento e declínio. Esse declínio não surge do nada. Ele começa bem antes.


De longe, é uma onda que parece uma marolinha. Mas à medida que a onda se aproxima, detona mercados, empresas e empregos como um tsunami.


Essa é a segunda curva. A segunda curva é uma ameaça para profissionais e empresas que não se preparam para as tendências e os sinais que estão transformando carreiras e negócios.

Por exemplo: há 15 anos vimos a ascensão dos smartphones como uma nova curva de evolução da telefonia celular inicial. Mas Isso não aconteceu de uma hora para outra.


E eu vivenciei isso de muito perto. Na verdade, eu vi essas mudanças acontecendo no olho do furação, pois eu trabalhava na Nokia na época.

Muitas organizações até debocharam do iPhone na época por conta do seu preço elevado. Veja a reação de Steve Ballmer, CEO da Microsoft na época. O vídeo tem 1 minuto de duração e já está legendado em português. Vale o play!


Steve Ballmer ri do iPhone



A Nokia era a grande líder de mercado e pagou um preço muito alto ao não se antecipar aos sinais de transformação. Ela tinha acesso a todos os recursos e tecnologias da Apple mas deixou a oportunidade passar.


Em menos de 2 anos, a Apple já dominava completamente o mercado.


Após anos de prejuízos, a Nokia acabou deixando o mercado de telefonia móvel. Seus ativos foram comprados pela Microsoft por US$7 bilhões em 2014. Só para a gente ter uma dimensão do tamanho da queda, a Nokia chegou a valer US$ 150 bilhões em 2007.


E outro dado interessante da mudança que estava ocorrendo: no mesmo ano de 2014, o Facebook comprou o Whatsapp por US$19 bilhões - uma empresa que não tinha receitas e contava com apenas 52 funcionários.


A Nokia acabou ficando apenas com a sua divisão de redes fornecendo equipamentos, tecnologia e serviços para as operadoras de telefonia.


Seu valor de mercado atual gira em torno de US$ 34,5 bilhões (Dez/2021). Hoje, a Apple tem valor de mercado de mais de US$ 2,1 trilhões de dólares.



O mesmo está acontecendo nesse momento em diferentes mercados e áreas.


Focar no presente é importante, mas se não olharmos para os sinais de mudança, não teremos a capacidade de gerar valor e atender às demandas do mercado.


  • O que vai mudar em seu mercado nos próximos anos?

  • Quais os sinais de mudança e as tendências que podem impactar a nossa área e a nossa empresa?

  • Quais são os desafios e oportunidades que esse futuro pode gerar?

  • Qual a sua visão de futuro como área e como empresa?


A "segunda curva" é apenas uma entre as dezenas de ferramentas que tive a oportunidade de aplicar nas empresas em que atuei como Executivo e agora também com nossos clientes na FUTURO S/A.


Para realizar esse processo de criar essa visão de futuro, utilizamos uma combinação de ferramentas e metodologias que permitem:


  1. Mapear oportunidades, pontos cegos e ameaças no mercado.

  2. Criar estratégias para realizar a transição da curva atual para a "segunda curva".

  3. Definir a cultura que a empresa precisa para colocar a nova estratégia em ação.

  4. Desenvolver novas competências para a sua equipe.


Bom, com uma visão de futuro estabelecida e uma direção mais clara do futuro, chega a hora de colocar a estratégia em ação...


Mas isso é papo para a 2a parte desse post. Se você quiser receber a 2a parte assim que ele for publicado, é só se registrar aqui.

 

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