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Foto do escritorAndré Souza

Porque os seus talentos vão embora



Perda de Talentos.


Se você lidera uma empresa, uma área ou atua em RH esse provavelmente será um dos seus principais desafios esse ano.

O mesmo fenômeno que fez com que dezenas de milhões de pessoas pedissem demissão nos EUA no ano passado começou a ser notado também aqui no Brasil.


Só pra gente ter uma ideia, mais de meio milhão de pessoas pediram demissão aqui no Brasil em cada um dos últimos meses de 2021. E esse número representa simplesmente o DOBRO do número de pessoas que pediam demissão antes da pandemia.


Mas por que isso está acontecendo?

Por que as pessoas estão pedindo demissão e deixando seus empregos?



A parte financeira sempre será um dos fatores mais importantes sobretudo quando o mercado e a economia começam a reaquecer depois de 2 anos de pandemia.


Mas tem muito mais coisas acontecendo que estão provocando uma verdadeira revolução no mundo do trabalho.


Isso é o que vamos descobrir a seguir.

Vamos lá?


PARTE 1: CENÁRIO


Para entender esse processo, a gente precisa analisar um pouco do cenário ao nosso redor...

Vamos perceber que esse movimento não aconteceu apenas por conta da pandemia. Na verdade, a pandemia apenas potencializou esse processo.


Veja os dados nos EUA sobre o percentual de pessoas nas empresas que pediram demissão. Os dados já vinham em crescimento desde 2009 - ou seja há mais de 10 anos.


Essa tendência de crescimento do número de pedidos de demissões só deram uma pausa em 2020 por conta de toda a incerteza das pessoas no início da pandemia.



Esse movimento lá nos EUA foi chamado de “The Great Resignation”.


De acordo com a SHRM (The Society for Human Resources), ao longo dos meses de 2021, cerca de 4 milhões de pessoas mensalmente pediram demissão. Ou seja: estamos falando de dezenas de milhões de pessoas que resolveram deixar as empresas onde atuavam nos EUA.


No Brasil, estamos vendo esse movimento se repetir. Observe que nos últimos meses tivemos meio milhão de pessoas pedindo demissão. Esse número é simplesmente o dobro da média que acontecia nos últimos anos.



PARTE 2: A PANDEMIA COMO POTENCIALIZADORA DESSA TENDÊNCIA


O que eu percebi com os nossos clientes é que a pandemia potencializou uma tendência.


Quando as pessoas passaram a trabalhar de casa, isso gerou uma oportunidade para as pessoas conseguirem enxergar que era possível conciliar vida e trabalho.

Autonomia e flexibilidade: As pessoas puderam sentir o gosto de ter mais autonomia e flexibilidade de horários.


Anywhere office: Elas perceberam que era possível trabalhar de qualquer lugar.


Autoconhecimento: diante de um quadro onde a gente pôde perceber a fragilidade do ser humano, esse período também deu a oportunidade para as pessoas mergulharem no autoconhecimento. Muitos investiram seu tempo para descobrir o que realmente importava para elas.


A conexão vida e trabalho: na prática, vida e trabalho passaram a se tornar uma coisa só. E as pessoas começaram a comparar a sua vida com o que vivenciavam no trabalho antes da pandemia. E muitos descobriram que não queriam mais voltar para o modelo anterior.


Trabalho e vida tornando-se uma coisa só.



E a gente não pode esquecer outro componente importante nessa história: estamos vivenciando uma verdadeira transformação de comportamentos na sociedade.


As pessoas passaram a não dar tanto valor a ter um carro.

As pessoas passaram a comprar quase tudo online.

As pessoas passaram a pedir mais comida em casa.


A forma de aprender mudou.

A forma de conhecer outras pessoas mudou.

A forma de se divertir mudou.

A forma de se comunicar mudou.



Mesmo sem perceber, as mudanças de hábitos em nossas vidas têm gerado um impacto gigantesco na forma como estamos vendo o trabalho



Não é mais a TV que define o que eu vou assistir e quando eu vou assistir. Agora sou eu que defino o que eu vou assistir, no momento que eu desejar e onde eu desejar.


A informação está distribuída. Se eu desejo ter diferentes opiniões sobre um tema, eu acesso as redes sociais e observo, em tempo real, o que as pessoas estão falando, por exemplo, sobre o jogo de futebol que está passando na TV ou sobre o tapa que o Will Smith deu no Chris Rock na festa do Oscar.


A forma de comunicação unilateral, sem visões diversas está morrendo. Todos estamos conectados. O que temos ao nosso redor é uma rede que contribui com diferentes visões - e de forma super ágil.


As pessoas se habituaram a customizar a sua vida de acordo com as suas preferências. Nossa vida ficou mais rápida e menos burocrática.

Mas a nossa experiência no trabalho parece não acompanhar essa velocidade. Ainda é uma experiência de burocracia e de falta de agilidade.



Isso tudo, mesmo sem percebermos, vai gerando um conflito entre a vida que cada pessoa vive em seu dia e a sua rotina em seu trabalho.


É como se hoje as empresas estivessem um passo atrás da realidade que as pessoas vivem.


PARTE 3: AS PRINCIPAIS RAZÕES QUE ESTÃO FAZENDO AS PESSOAS PEDIREM DEMISSÃO DAS EMPRESAS


Sem dúvida, a parte financeira sempre será um dos fatores mais importantes e que não podemos deixar de lado. Boa parte das pessoas está pedindo demissão para assumir um desafio com uma melhor remuneração.


Mas os principais motivos não são financeiros. Veja:


Dados da Gallup mostram que 63% das pessoas deixam as empresas por motivos não-financeiros relacionados ao seu chefe, à falta de autonomia, à cultura da empresa, ao bem-estar, ao equilíbrio entre vida e trabalho, e à possibilidade de trabalhar remotamente.


Em uma enquete informal que fiz no Linkedin há alguns dias, perguntei: “Qual tem sido a principal razão das pessoas pedirem demissão da sua empresa?”


Tivemos 890 respostas. E os resultados foram parecidos. Veja:


41% das respostas diziam que a principal motivação era a remuneração e os 59% eram relacionados à chefia, mais autonomia, possibilidade de ter trabalho híbrido e desenvolvimento.

No Instagram da FUTURO S/A, quase 70% das respostas também foram relacionados a elementos não-financeiros. Apenas 31% citaram "Remuneração" como o fator que fez as pessoas pedirem demissão. Veja:



PARTE 4: AMPLIARAM-SE AS OPÇÕES DE CARREIRA


Tudo isso é potencializado pelo fato de haver muito mais opções de carreira hoje do que tínhamos nas últimas décadas.


Seguir carreira em uma multinacional não mais a única opção. Na verdade, até a forma como pensamos carreira não precisa seguir um caminho único e tampouco uma receita de bolo.


Isso gera uma pressão enorme nas empresas pois agora elas estão competindo com uma série de opções de trabalho que não existiam há alguns anos.

 

No final das contas, o aumento dos pedidos de demissão das pessoas é uma mensagem clara para as empresas: é preciso mudar o modelo de gestão.


A maneira como as pessoas encaram o trabalho hoje mudou.

Modelos de gestão do século passado precisarão se adaptar aos novos tempos.


Empresas com modelos de gestão do século XX terão muitos desafios para sobreviver nesta década.

Esse movimento é uma grande oportunidade para as empresas fazerem uma transformação na forma como realizam gestão de pessoas.


E como resolver esse desafio?


De uma forma geral, o desafio para as empresas é o mesmo: a necessidade de mudança e modernização no modelo de gestão de pessoas.


O mundo mudou.

Os comportamentos da sociedade mudaram.

E as empresas precisarão se adaptar a uma nova forma das pessoas encararem o trabalho.


Se sua empresa está perdendo talentos, saiba que não existe uma fórmula única para solucionar esse problema. Cada empresa possui desafios específicos e culturais.


Existem opções que vão muito além das práticas tradicionais de "retenção de talentos".


A propósito, "retenção" é também um termo em desuso, pois é um termo sem sentido na dinâmica que estamos vivendo hoje no mercado de trabalho.


Afinal, ninguém quer se sentir "retido" em lugar nenhum hoje em dia.


Por isso, a sua missão como líder e como empresa não é mais "reter talentos".

Sua missão é criar o desejo das pessoas trabalharem, se desenvolverem na sua empresa.



Mais do que mudanças pontuais, essa é uma jornada de transformação cultural.


Na semana passada, tive a oportunidade de bater um longo papo com o Time Executivo de uma das maiores empresas do mundo sobre esse desafio.


Discutimos uma série de ações importantes que aquele grupo deveria focar para modernizar o seu modelo de gestão.


Mas o mais importante é que, para esse grupo, ficou claro que essa é uma jornada que vai muito além de ações pontuais.


Essa é uma jornada de transformação cultural.


E o início dessa jornada precisa ter a liderança e o compromisso do Time Executivo da empresa com novas práticas, comportamentos e atitudes.


Sem isso, a transformação não acontece...


Se a sua empresa quiser conhecer formas práticas e eficazes para fazer essa transformação acontecer, fale com a gente.

 

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