Muitas das estratégias, modelos e processos que as empresas tinham passam a não fazer mais sentido em um cenário de mudanças tão rápidas.
Nos próximos dias, compartilharei por aqui alguns insights para repensar suas Estratégias e Modelos para essa nova realidade.
Começamos então com algumas perguntas que você pode se fazer relacionadas à Gestão de Performance. Vamos lá!
1. Seu processo de Gestão de Performance está avaliando o que precisa ser realmente avaliado nesse momento?
Pensamento Empreendedor, Protagonismo, Adaptabilidade, Resiliência, Colaboração, Liderança de Mudanças, Inovação ... há um conjunto grande de habilidades que estão sendo demandadas de profissionais e líderes nesse momento.
São habilidades que podem se tornar divisores entre organizações de baixa ou alta performance nessa crise. Entretanto, muitas empresas continuarão a avaliar seus profissionais e líderes considerando um cenário e um contexto de negócios que não existem mais.
As habilidades que eram demandadas antes dessa crise podem ser bastante diferentes do que são demandadas agora em sua empresa.
Que tal fazer um exercício fictício agora? Pense que você está naquelas semanas finais de Avaliação de Performance. O que sua empresa vai fazer no final do ciclo faz sentido com o momento atual?
O que será avaliado no final do ciclo de desempenho é o que deve ser realmente avaliado pela empresa com relação aos objetivos de negócio e as competências dos líderes e dos colaboradores?
Talvez seja um momento interessante para pensar nisso.
2. Competências do Passado ou Competências do Futuro?
Muitas empresas têm competências que foram definidas com base nos valores da empresa. Muitas dessas competências ja fazem parte da Cultura da empresa.
A pergunta é: sua empresa está avaliando competências que seriam ótimo para um contexto de mercado do passado? Ou já são competências que estão preparando a sua organização para o futuro?
3. O seu Ciclo de Gestão de Performance está fazendo sentido nesse cenário de mudanças ultra rápidas?
Pode ser um momento interessante para sua empresa repensar a Estratégia e o Modelo de Gestão de Performance. Pense, por exemplo, no ciclo de gestão de performance de muitas empresas.
Muitas empresas ainda trabalham com ciclos de mais de 1 ano para completar todo o processo: definição de objetivos, avaliações intermediárias, avaliação final, feedbacks, reconhecimento, etc.
Como é notório, estamos vivendo em um mundo onde, em um ano, muitas coisas podem mudar. Pode ser interessante começar a pensar, por exemplo, em ciclos menores de Avaliação de Performance, em formatação diferente para os objetivos, em trabalhar com objetivos mais integrados entre áreas, objetivos de curto prazo, objetivos de desenvolvimento de profissionais e equipes, etc.
4. Sua Estratégia de Gestão de Performance está maximizando os talentos das pessoas ou continua focando em suas fraquezas?
Vamos imaginar que você tenha sido contratado para ser o novo técnico do Barcelona. E que você será o técnico do Messi, eleito por 6 vezes o melhor jogador do mundo. Em uma de suas conversas com ele, você vai falar do seu Plano de Desenvolvimento para esse ano...
"Messi, vamos criar seu Plano de Desenvolvimento para 2020?" - você inicia a conversa.
- Com certeza, "professor"! Quais são as suas recomendações? - diz o Messi.
"Então, Messi, muito bacana que vc tenha sido eleito por 6 vezes como o melhor jogador do mundo. Mas, como seu treinador, identifiquei que você tem um gap."
- Sério? E qual seria?
"Messi, você não é bom em defender. Só sabe atacar. Então, para eliminarmos esse gap, em 2020 você vai passar a treinar e jogar na defesa, como zagueiro."
- Mas... eu gosto do ataque. Gosto de driblar, dar assistências, fazer gols... eu não tenho talento para defender...
"Pois é, Messi... Mas para vc se tornar um jogador completo, é importante você desenvolver essas habilidades. Então, esse será o seu Plano de Desenvolvimento esse ano."
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Se você achou estranho esse diagnóstico e essa recomendação para o Messi, é isso que acontece em diversas organizações todo ano: a cultura do gap com foco nas fraquezas.
E pode estar acontecendo com seus próprios planos de Desenvolvimento. Você está focando em suas fraquezas ou suas fortalezas?
Vc precisa, é claro, minimizar o impacto de suas fraquezas. Mas é preciso refletir se a sua empresa não está perdendo oportunidades por não investir, sobretudo, nos talentos dos seus profissionais. A ideia aqui é focar em ações que vão tornar seus talentos ainda melhores no que já fazem muito bem.
Será que a sua Estratégia e seu Modelo de Gestão de Performance estão fazendo isso acontecer na sua empresa?
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Esse material é o primeiro de uma série de outros insights que vou compartilhar para ajudar a você repensar algumas estratégias para tempos de mudanças ultrarápidas.
Ah! E se você curtiu esses insights, compartilhe com quem também precisa ler esse material!
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