André Souza

18 de jun de 20222 min

Cultura em Fusões e Aquisições

“André, qual seria a estratégia que você adotaria nesse processo de fusão das duas empresas?” Essa foi a pergunta que o Head Global de Estratégia de uma organização líder em seu segmento me fez.

A empresa estava prestes a passar por um processo de M&A.

Minha resposta:

“O primeiro passo é tornar o tema “cultura” tão relevante quanto os demais temas que envolvem tradicionalmente um M&A. Todas as escolhas que forem feitas agora vão afetar a cultura que a empresa terá daqui para frente.

E dependendo dessas escolhas, as estratégias e ações serão muito distintas. Por exemplo:

A melhor cultura será uma combinação do “melhor das duas”? Ou será a de quem está adquirindo a outra empresa? Ou a empresa vai aproveitar a fusão para criar uma cultura diferente do que as duas tinham antes?

Todas as suas escolhas a partir daí (estrutura, escolha dos líderes, pessoas, modelos de RH, modelo de gestão, etc) precisarão ser intencionalmente desenhadas para atingir o seu objetivo.

Lembre-se de que independente de ter uma estratégia ou não uma cultura irá se desenvolver naturalmente. O problema é se essa cultura nãoo impulsionar a estratégia do negócio.

Veja: uma cultura hierárquica pode impedir que uma cultura de colaboração se desenvolva. Uma cultura burocrática pode fazer com que a empresa perca agilidade. Uma cultura de comando e controle pode impedir que novas ideias e inovações aconteçam.

Quando o assunto é cultura, definir a cultura desejada o quanto antes é a melhor opção. Mas essa e apenas a ponta do iceberg. É a partir daí que o trabalho começa de verdade…

Todas as ações para desenvolver e escalar essa cultura serão consequências dessa definição. Então, eu devolvo a pergunta: qual é a cultura que a empresa quer desenvolver?”

***

A empresa ainda não tinha total clareza dessa resposta. Inicialmente a resposta mais confortável é dizer que será o melhor das duas.

Na teoria isso é ótimo. Os problemas começam a surgir quando as suas decisões posteriores conflitam com essa estratégia inicial.

E esse é um sintoma de que não houve uma estratégia para desenvolver a cultura. Ou que que não há uma visão clara das consequências dessas escolhas para o desenvolvimento da cultura.

Veja: é perfeitamente possível fazer essas correções depois de um tempo. Mas elas darão um pouco mais de trabalho.

No final das contas, só depois de algum tempo a empresa acaba percebendo que cultura é tão importante quanto a estratégia do negócio.

Como digo sempre: cultura não come a estratégia no café da manhã. Elas, na verdade, tomam juntas o café da manhã.

Grande Abraço e até a próxima!

Let’s keep rocking!!!


Se você curtiu esse post, você também vai curtir esses:

12 gargalos para o sucesso de uma transformação cultural

Clique aqui para acessar o post.

A cultura e a estratégia, na verdade, tomam juntas o café da manhã!

Clique aqui para acessar o post.

Sua empresa está crescendo? Essas são as perguntas dos seus funcionários!

Clique aqui para acessar o post.

A mudança cultural precisa se tornar um movimento na sua organização!

Clique aqui para acessar o post.

4