3 perguntas para o RH ajudar a criar o futuro de suas empresas.
- André Souza
- há 1 dia
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Atualizado: há 2 horas
Há 7 anos, participei de um programa de "Futures Thinking & Foresight" no Institute for the Future, no Vale do Silício. E uma das lembranças mais marcantes que tenho da minha passagem por lá foi a visita ao Computer History Museum.
Além de mergulhar na história da tecnologia, o museu tinha uma seção dedicada ao futuro, onde descobri, pela 1a vez, um protótipo de carro autônomo da Waymo.
Na época, aquilo parecia coisa de ficção científica.
Um experimento possível, mas ainda distante....
Mas o que era protótipo virou produto.
E o futuro que parecia hipotético está rodando nas ruas da Califórnia.
E eu, que achava que ainda era um mercado bem pequeno, me surpreendi com as últimas notícias que li...
No último mês, a Waymo (empresa de carros autônomos do Google) bateu um recorde: realizou mais de 708 mil corridas com robô-táxis na Califórnia.
Em 18 meses, o salto foi impressionante:
de 12 mil para mais de 700 mil corridas mensais.
Hoje, em San Francisco, os robô-táxis da empresa já representam 22% das corridas por app. O Uber com motoristas "tradicionais" ainda lidera com 55%, mas a diferença está diminuindo.
Na prática, isso significa que centenas de milhares de pessoas já estão confiando seu deslocamento a um carro que dirige sozinho, sem motorista humano, sem conversa (e até o momento, eficiente e seguro).
Vale a pena dar o play nesse vídeo do cantor Jairzinho entrando em um dos robô-táxis da Waymo com a sua esposa, a atriz Tania Khalill.
O cantor Jairzinho se surpreende ao pegar um robô-taxi na California
Enquanto a maioria das áreas de negócio está discutindo como usar IA generativa, a Waymo está transformando o mercado de mobilidade.
O impacto disso no futuro do trabalho é direto.
Afinal, o que acontece com as profissões quando a tecnologia começa a fazer o trabalho melhor, mais rápido e com menor custo?
A lição disso para profissionais e líderes de RH.
Esse não é apenas um desafio da indústria de mobilidade. É um alerta direto para todas as empresas que desejam continuar relevantes num mundo onde a tecnologia evolui mais rápido que os modelos de gestão e desenvolvimento humano.
Aqui na FUTURO S/A, temos uma convicção.
RHs de Alta Performance não reagem ao futuro.
Eles se antecipam e criam o futuro.
E isso exige coragem para encarar os desafios que teremos pela frente nas empresas.
Três perguntas, em especial, precisam ser feitas com urgência por quem lidera o RH nas empresas.
O que da nossa operação atual tem chance de ser automatizado nos próximos 2 anos?
Estamos formando pessoas com repertório digital, pensamento estratégico e flexibilidade para atuar em novas funções?
Nossa cultura estimula o protagonismo e a reinvenção ou apenas a execução do que já existe?
A cultura será a nova "tecnologia" competitiva
À medida que as tecnologias se tornam mais acessíveis, o verdadeiro diferencial competitivo estará em como cada organização mobiliza talentos para inovar e transformar com velocidade.
Não é mais uma questão de se funções vão desaparecer. É uma questão de quando. E principalmente: como o RH vai agir para preparar as pessoas para o que vem a seguir.
Quatro movimentos urgentes para RHs que querem liderar a transformação:
Mapear funções em risco de automação e construir trilhas de upskilling e reskilling consistentes.
Fomentar uma cultura de aprendizado contínuo, onde testar, errar e se adaptar sejam parte do dia a dia.
Redesenhar modelos de gestão para lidar com equipes mais enxutas, tecnológicas e multidisciplinares.
Monitorar megatendências globais para transformar riscos em novas oportunidades de negócio e carreira.
O futuro está em movimento. E o RH?
Enquanto você lê este meu artigo, diversos robôs-táxi estão dirigindo pelas ruas de San Francisco.
A pergunta que importa agora é: Sua empresa está preparando as pessoas para esse novo mundo ou vai esperar o futuro bater à porta?
Sobre o autor
André Souza é fundador e CEO da FUTURO S/A, consultoria que ajuda a realizar transformações na cultura e no RH de grandes empresas.
Ao longo de sua carreira, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.
André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio.
Além disso, possui certificação internacional como Master Trainer da StrategyTools na Noruega e em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA).
André é autor de 4 livros:
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