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O LinkedIn já era? Como a OpenAI vai redesenhar o mercado de trabalho.

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Quando a OpenAI anunciou a criação da “OpenAI Job Platform”, muita gente correu para dizer que isso seria o “fim do LinkedIn”. Será mesmo?


Sinceramente? Eu não acho que seja por aí.


Reduzir essa iniciativa a uma disputa entre plataformas é não perceber a verdadeira revolução que pode estar começando.


Eu vejo que a OpenAI pode estar construindo algo muito maior.


Eu vejo esse movimento como uma potencial revolução no mercado de trabalho, baseada em dados, inteligência e sobretudo no que fazemos todos os dias no ChatGPT: nossas buscas, interações e aprendizados por lá.


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O que torna o Job Platform da OpenAI diferente?


O Job Platform não será um simples mural de vagas. Seu diferencial está no acesso inédito aos dados reais de aprendizado e desenvolvimento das pessoas.


Olha o que a orópria OpenAI fala sobre o Job Platform em seu site:


"Usaremos a IA para localizar combinações perfeitas entre o que as empresas buscam e o que os profissionais oferecem."


Traduzindo:


Cada vez que você pede ajuda ao ChatGPT, você está revelando, através de suas perguntas e pesquisas, quais competências está tentando desenvolver.


E por outro lado, cada vez que uma empresa também recorre à ferramenta, ela mostra quais problemas o negócio está tentando resolver.


Agora imagine o poder do cruzamento dessas informações...


O resultado pode ser um processo de matching inteligente, capaz de conectar pessoas e oportunidades antes mesmo de uma vaga existir.


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Qual futuro que isso projeta?


A OpenAI está sinalizando um movimento de mudança clara: o mercado de trabalho do futuro será organizado em torno de habilidades reais e resultados concretos (e não por cargos, títulos ou credenciais).

Em vez de competir com o LinkedIn, ela está abrindo outro espaço: ser um hub entre necessidades das empresas e profissionais capazes de suprirem essas demandas.



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Para as pessoas, isso vai mudar tudo.


Sai a lógica tradicional do “aplicar para uma vaga e esperar” e entra uma nova mentalidade: a de aprender continuamente, demonstrar competências e ser encontrado pelo que você realmente sabe fazer.


Diplomas e experiências anteriores continuam relevantes, mas deixam de ser o centro da decisão. O que passa a contar é a sua capacidade de evoluir, aprender rápido e gerar impacto real.



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E os problemas e riscos dessas mudanças?


Por outro lado, apesar de estarmos falando do lado positivo dessas mudanças, há opiniões que pode haver uma estratégia maior por parte da OpenAI com o Job Platform.


Li um artigo muito interessante da Anita Lettink sobre o tema.

Resumo abaixo alguns de seus insights:


O Job Platform pode ser um "cavalo de Troia"

Enquanto muitos acham que é apenas um novo LinkedIn, o Job Platform pode não ser apenas sobre conectar pessoas a vagas.


A ferramenta pode ser um cavalo de Troia para posicionar a OpenAI no momento exato em que empresas tomam decisões de contratação, sugerindo agentes de IA como alternativas aos profissionais "humanos".


Dados como moeda

Cada interação com o ChatGPT ou com o Job Board gera dados sobre habilidades, expectativas e perfis comportamentais. Esses dados podem alimentar sistemas de IA que, no futuro, competirão com o trabalho humano.


Canal direto com as empresas

A OpenAI já anunciou parcerias com gigantes como Walmart e Accenture para acelerar o desenvolvimento de competências em IA. Isso indica que o objetivo pode ir além de conectar talentos e empresas. Pode ser a criação de um canal direto para automação e serviços baseados em IA.



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O Job Board significa o fim do LinkedIn?


Provavelmente não. O LinkedIn continuará relevante como rede de relacionamento e visibilidade profissional.


Mas se o Job Platform cumprir as expectativas, o jogo no mercado de trabalho tende sim a mudar bastante.


E isso significa que o LinkedIn precisará evoluir (como todas as empresas) para continuar relevante. E há um ponto estratégico aqui: a Microsoft, dona do LinkedIn, é uma das principais investidoras da OpenAI.


Ou seja, ela acompanhará tudo de perto e certamente adaptará o LinkedIn para continuar relevante nesse novo mundo do trabalho.


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O que você pode fazer daqui para frente


As pessoas vão precisar mudar o olhar sobre carreira, aprendizado e liderança.


Não se trata apenas de entender IA. Trata-se de reaprender a gerar valor e como "vender" bem esse valor que você gera ao mercado.


Por exemplo:


  • Construa relevância pelo impacto. Mostre o que você entrega e o quanto evolui, não apenas o que você sabe ou o cargo que ocupa.


  • Pense na sua carreira com uma mentalidade de construção de portfólio de projetos e resultados (e não de cargos e títulos que você obteve).


  • Adote uma mentalidade de aprendizado contínuo.


  • Priorize em seu desenvolvimento o que é mais difícil de automatizar.


  • Aprenda a construir sua marca profissional e a vender muito bem o seu peixe.


No fim das contas, a pergunta não é se a IA vai mudar o trabalho.

Isso já está acontecendo.


A pergunta é: quais serão as suas estratégias para você continuar gerando valor, impacto e resultados nesse novo mundo?


Um abraço e até a próxima! :-)



Sobre o autor


André Souza é fundador e CEO da FUTURO S/A, consultoria que ajuda a realizar transformações na cultura, na estratégia e no RH de grandes empresas.


Ao longo de sua carreira, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.


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André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio.


Além disso, possui certificação internacional como Master Trainer da StrategyTools na Noruega e em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA);


André é autor de 4 livros:



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