Do Google ao ChatGPT: o futuro do trabalho na era das respostas prontas.
- André Souza
- há 6 dias
- 3 min de leitura

A imagem abaixo mostra que a quantidade de conteúdo gerada por IA superou a criada por humanos.
E esse ponto de inflexão pode ser um verdadeiro divisor de águas no mundo do trabalho e dos negócios...
Como vou compartilhar a seguir, isso vai gerar efeitos na sua carreira.
Muito do seu valor profissional daqui para a frente vai ter conexão com o jeito que você vier a usar a IA daqui para frente.

Esse gráfico mostra claramente que estamos saindo de uma era dominada por uma plataforma de buscas (Google) por plataformas de respostas (ChatGPT e congêneres).
Fazer buscas via Google fazia com que a gente acessasse diversos sites.
Ao acessá-los, novos insights inesperados surgiam.
E a gente acabava fazendo naturalmente conexões entre diferentes textos e vídeos.
Agora o movimento deixa de ser tão ativo.
Hoje basta fazer uma pergunta e a IA dá a resposta para você.
Em segundos.
A gente já percebe o efeito disso...
A ilusão das respostas rápidas já está minando aquilo que o ser humano tem de mais precioso: a capacidade de fazer conexões entre diferentes assuntos e criar algo totalmente novo.
Eu já tinha mencionado um pouco sobre isso aqui no Blog quando escrevi sobre os Polímatas Digitais.

👉 Qual o impacto disso para o futuro do trabalho?
Ao contrário do que muita gente pensa, os profissionais que vão vencer nos próximos anos não serão aqueles que souberem fazer um belo prompt no ChatGPT.
Serão aqueles que continuarem fazendo ótimas conexões entre temas para criar perspectivas e soluções únicas.
E as empresas que vão vencer serão exatamente as que conseguirem atrair esse tipo de profissional.
Isso não significa que você não deva usar o ChatGPT ou qualquer outra IA. Elas são ferramentas fantásticas.
O que você precisa estar atento é se você estiver terceirizando para a IA habilidades que serão essenciais para você daqui para frente, em especial, essa capacidade de criar soluções novas conectando diferentes conhecimentos.
Você não deve deixar de usar o ChatGPT. O que então você pode fazer para não perder seus diferenciais?
Como continuar desenvolvendo a capacidade de fazer conexões entre diferentes assuntos e criar algo totalmente novo?
Não existem fórmulas mágicas.
Divido aqui com vocês o que tenho feito:
1. Diminuí drasticamente o consumo de vídeos curtos.
2. Aumentei muito o consumo de conteúdo mais profundo (livros, vídeos longos no Youtube, Artigos etc).
3. Estou lendo muito mais livros. Tenho encarado os livros cada vez mais como uma "conversa" profunda com os autores.
4. Estou assistindo muito mais vídeos longos. Conseguir ficar atento a uma linha de raciocínio de diferentes assuntos tem gerado mais frutos para você do que assistir 200 vídeos curtos nas redes sociais.
5. Atividade física todos os dias pela manhã cedo.
6. Escrever meus próprios textos do jeito "tradicional".
7. Consumir menos e produzir mais. Fico menos passivo consumindo conteúdos e busco sempre fazer conexões e criar coisas a partir do que aprendo. Esse post mesmo é um exemplo.
8. Criação de vídeos no canal da FUTURO S/A no Youtube. Vamos começar agora a produzir vídeos longos no Youtube.
Os efeitos disso na minha vida
Tudo isso e outras atividades têm gerado um efeito poderoso no meu dia a dia:
mais conexões entre diferentes temas.
muito mais insights.
mais perspectivas fora do padrão.
mais criatividade.
mais conteúdos para a FUTURO S/A.
maior capacidade de criar soluções.
mais geração de valor para os nossos clientes.
reforço do posicionamento estratégico da marca da FUTURO S/A e da minha marca profissional no mercado.
E você? Como você tem se sentido com esse avanço de conteúdos de IA e a avalanche de conteúdos de efeito dopamínico de curtíssima duração?
***
Perguntas para você refletir:
1. Quantos % de seus conteúdos ou trabalhos hoje são criados por IA?
2. Qual tipo de profissional você está se tornando?
3. Qual tipo de profissional a sua empresa está atraindo?
Sobre o autor
André Souza é fundador e CEO da FUTURO S/A, consultoria que ajuda a realizar transformações na cultura, na estratégia e no RH de grandes empresas.
Ao longo de sua carreira, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.

André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio.
Além disso, possui certificação internacional como Master Trainer da StrategyTools na Noruega e em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA);
André é autor de 4 livros:



Comentários