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O colapso da carreira linear e a nova lógica do trabalho.

Atualizado: 15 de set.

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Todo mundo fala da I.A. ameaçando empregos. Mas pouca gente fala da mudança mais profunda: o conceito de "carreira" nessa nova era.


Conversei essa semana com mais de 100 líderes de RH do Agro em Cuiabá. Uma das coisas que comentei é que estamos vivendo aqueles grandes momentos de virada no mundo do trabalho...


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O colapso da carreira linear


Antes, dava para prever uma carreira com 3 ou 5 anos de antecedência. Hoje, isso é quase impossível.


As pessoas vão viver cada vez mais. E as carreiras serão mais longas. Isso significa que a chance de você encontrar aquele currículo “perfeito” (linear, sem buracos, cheio de logos de empresas famosas) vai diminuir bastante...


A imagem abaixo, baseada em um post de algum tempo do CEO do LinkedIn, ilustra um pouco dessa mudança que já estamos vendo...


Imagem adaptada de um post de Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn
Imagem adaptada de um post de Ryan Roslansky, CEO do LinkedIn

Apesar de ser a preferência número 1 dos RHs nas empresas, os "currículos perfeitos" podem ter um efeito negativo que não é tão óbvio. Eles podem esconder nas entrelinhas uma experiência repetitiva e pouco relevante para os desafios que as empresas terão no futuro...


Eu já entrevistei milhares de pessoas na carreira. E já vi muita gente com “5 anos de experiência” que tinham, na prática, 1 ano de experiência real, repetidas 5 vezes a cada ano.


O que vai importar cada vez mais nos próximos anos.


Apesar de toda experiência ser válida, estamos vivendo uma era em que a forma como fazíamos algo em 2020 terá pouco a ver com a forma como vamos fazer um trabalho em 2030.


Quem entende isso já está saindo na frente. Veja:


Um professor pode se tornar um profissional de treinamento em uma empresa, um gerente de produto e um fundador de uma EdTech.


Observe que a mesma habilidade essencial (ajudar as pessoas a aprender) aplicada a contextos completamente diferentes, pode gerar valor em diferentes cenários e mercados.


O que vai passar a valer cada vez mais nos próximos anos não é o cargo na tradicional escada corporativa, mas sim uma coleção de resultados e experiências em projetos de alto impacto.

A pergunta-chave que você precisa saber responder é essa:


Em vez de perguntar: "Qual é o meu próximo cargo?"...

Pergunte-se: "Qual é a minha habilidade principal que pode se tornar transferível para diferentes desafios e contextos?"


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A nova guerra por talentos


A nova guerra por talentos não se dará necessariamente com outras empresas. A Apple não compete só com o Google ou com a Netflix por novos talentos.


A competição se dará cada vez mais com outros formatos de trabalho que vão muito além do emprego tradicional:


  • projetos,

  • consultorias,

  • empreendedorismo,

  • ser um criador,

  • criar uma startup,

  • gig economy...


O problema: muitas empresas ainda não perceberam esse movimento.


Como dá para ver na imagem a seguir, 80% das empresas têm dificuldade para contratar.


Parte disso vem da falta de qualificação das pessoas. Mas outra parte vem de um jeito de contratar ainda preso à lógica do século passado...


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A virada já começou


Estamos vivendo aqueles grandes momentos de virada no mundo do trabalho. A I.A. não é só uma ferramenta que automatiza tarefas. Ela está sendo a catalisadora de uma mudança profunda no mercado de trabalho.


A velha ideia de uma carreira linear, onde subir a escada corporativa é o único caminho, está desmoronando.


Nos próximos anos, veremos cada vez mais que a definição de um profissional de sucesso não serão os anos em uma empresa ou os cargos em um currículo. Será a sua capacidade de resolver problemas e aplicar suas habilidades em múltiplos contextos.

Na prática, isso quer dizer que, em vez de focar na sua profissão, você precisa focar em suas habilidades transferíveis: aquelas que podem ser aplicadas em diversos projetos e indústrias.


Para as empresas, o desafio também é gigantesco.


É preciso parar de buscar o candidato "perfeito" no papel e começar a valorizar a curiosidade, a agilidade de aprendizado e a adaptabilidade.


A lógica de contratação do século passado simplesmente não vai fazer a sua empresa encontrar os talentos que precisa para criar o futuro.


Ou seja, quem abraçar a mudança, tanto no lado do profissional quanto no lado da empresa, vai prosperar. Quem insistir em velhas fórmulas, já está ficando para trás.


A nova lógica do trabalho já começou.




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Sobre o autor


André Souza é fundador e CEO da FUTURO S/A, consultoria que ajuda a realizar transformações na cultura, na estratégia e no RH de grandes empresas.


Ao longo de sua carreira, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.


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André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio.


Além disso, possui certificação internacional como Master Trainer da StrategyTools na Noruega e em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA);


André é autor de 4 livros:



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